Profissionais de estética e tatuadores participam de capacitação

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Foto: Cristina Reis/PMJ
Foto: Cristina Reis/PMJ

Mais de 30 profissionais da área de estética (manicures, depiladores, esteticistas) e tatuadores participaram de uma capacitação em técnicas de esterilização e a vulnerabilidade a doenças como HIV, Aids e hepatites virais, nesta segunda-feira (15), no EducaMais Jacareí.

O encontro foi organizado pelo Centro de Testagem e Aconselhamento de Jacareí, por meio do Programa Municipal de DST/HIV/Aids e Hepatites Virais.
De acordo com a enfermeira e coordenadora do programa, Evanilsa Lúcia de Carvalho, o principal objetivo da capacitação é informar os profissionais sobre a grande vulnerabilidade do trabalho. “Muitas pessoas, tanto as que trabalham na área como as que utilizam os serviços, desconhecem os riscos de contaminação por instrumentos perfurocortantes que estão presentes na prática diária desses profissionais”, alerta. A falta de esterilização pode provocar hepatite e outras doenças, inclusive HIV.
A capacitação contou com duas palestras, a primeira com o tema “Meios de esterilização e sua eficácia no tratamento de instrumentos perfurocortantes”, com Silvelene de Souza Rezende, enfermeira do Programa Municipal de Tuberculose, a segunda com o tema “O ambiente da estética corporal: um olhar sobre a vulnerabilidade ao HIV/Aids e hepatites virais”, com Evanilsa.
  Hepatite – uma doença silenciosa que em muitos casos pode ser evitada
A hepatite é a inflamação do fígado. Pode ser causada por vírus, uso de alguns remédios, álcool e outras drogas, além de doenças autoimunes, metabólicas e genéticas. São doenças silenciosas que nem sempre apresentam sintomas, mas quando aparecem podem ser cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.
No Brasil, as hepatites virais mais comuns são as causadas pelos vírus A, B e C. Milhões de pessoas no Brasil são portadoras dos vírus B ou C e não sabem. Elas correm o risco de as doenças evoluírem (tornarem-se crônicas) e causarem danos mais graves ao fígado como cirrose e câncer. Por isso, é importante ir ao médico regularmente e fazer os exames de rotina que detectam a hepatite.
Para saber se há a necessidade de realizar exames que detectem as hepatites, observe se você já se expôs a algumas dessas situações:
– contágio fecal-oral: condições precárias de saneamento básico e água, de higiene pessoal e dos alimentos (vírus A e E);
– transmissão sanguínea: praticou sexo desprotegido, compartilhou seringas, agulhas, lâminas de barbear, alicates de unha e outros objetos que furam ou cortam (vírus B,C e D);
– transmissão sanguínea: da mãe para o filho durante a gravidez, o parto e a amamentação (vírus B,C e D).
No caso das hepatites B e C é preciso um intervalo de 60 dias para que os anticorpos sejam detectados no exame de sangue. A evolução das hepatites varia conforme o tipo de vírus. Os vírus A e E apresentam apenas formas agudas de hepatite (não possuindo potencial para formas crônicas). Isto quer dizer que, após uma hepatite A ou E, o indivíduo pode se recuperar completamente, eliminando o vírus de seu organismo. Por outro lado, as hepatites causadas pelos vírus B, C e D podem apresentar tanto formas agudas, quanto crônicas de infecção, quando a doença persiste no organismo por mais de seis meses.
O exame para a detecção de hepatite pode ser realizado no Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) — rua Purus, 79, Jardim Paraíba. A coleta é realizada de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 16h. Informações: 3955-9754.

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