Os metalúrgicos da Eaton de São José dos Campos entraram em greve, por 24 horas, nesta terça-feira (29). Com a paralisação, os trabalhadores querem pressionar o grupo patronal do setor de autopeças a avançarem nas negociações pela Campanha Salarial. Durante a assembleia, policiais militares tentaram impedir a atuação de dirigentes sindicais, inclusive com agressões e uso de gás de pimenta.
Na última negociação com o Sindipeças (Sindicato Nacional das Indústrias de Componentes Automotivos), os empresários ofereceram apenas 8% de reajuste salarial, abaixo até mesmo da inflação do período (setembro de 2014 a agosto de 2015), fechada em 9,88%. Os metalúrgicos reivindicam 13,59% de reajuste, o que representa 3,38% de aumento real.
Além da greve dirigida pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, filiado à CSP-Conlutas, também foi deflagrada paralisação na Eaton de Valinhos, numa ação conjunta com o Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas. A Campanha Salarial é unificada entre os sindicatos de São José dos Campos, Campinas, Limeira e Santos, formando um bloco de 170 mil trabalhadores.