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Em um domingo de gala para o automobilismo, tivemos de manhã a realização do Grande Prêmio de Mônaco da Fórmula 1, com triunfo de Nico Rosberg. Agora a pouco, na parte da tarde, foi a hora da mais antiga prova do automobilismo nos Estados Unidos, talvez do mundo, e com certeza aquela que praticamente todos esperam ansiosos sempre a sua realização: as 500 Milhas de Indianápolis, ou simplesmente Indy 500.
A prova foi vista por 400 mil pessoas aproximadamente, que viram um verdadeiro show do início ao fim. O pole deste ano é o mesmo de 2013: o americano Ed Carpenter, que novamente fez a pole guiando carro de sua própria equipe (ele é o dono).
Para começar, a prova superou o recorde de voltas sem bandeira amarela: foram 149 voltas sem nenhum interrupção e isso desde a largada. Quem quebrou essa sequência foi o americano Charlie Kimball, da Chip Ganassi. Rodou sozinho da curva 2 deu uma lambida no muro. Apesar de ser a 1º amarela, ele já era o 3º abandono: o primeiro a dar tchau a disputa foi Graham Rahal, americano da Rahal Letterman, por problema elétrico e depois Buddy Lazier, outro americano da equipe Lazier Partners.
Após esta primeira amarela, outras 4 aconteceram dentro deste período de apenas 50 voltas. A que veio logo depois foi o neozelandês Scott Dixon, da Chip Ganassi, em uma forte batida na curva 4. Ele não teve qualquer lesão, mas os detritos deixados pelo seu carro prejudicaram o americano Josef Newgarden, da Sarah Fischer Hartman, que acabou abandonando entre a curva 1 e 2 com carro avariado.
Veio nova relargada e menos de 1 volta e meia depois nova amarela também por batida: o então pole Carpenter se achou com o canadense James Hinchcliffe, da Andretti Autosport, na curva 1 e foram para o muro. Ao sair do carro, Carpenter estava extremamente bravo e fez um “jóia” ironico para o canadense.
O brasileiro Tony Kanaan, da Chip Ganassi, teve problemas em uma parada nos boxes na volta 80, e quando retornou a pista, já estava 18 voltas atrás do líder. Terminou a prova 23 voltas atrás do líder na 26º posição.
Na volta 190 a última bandeira amarela, e está mais importante: o surpreendente americano Townsed Bell, da HVSH racing, que girava entre os ponteiros acabou batendo forte na curva 2 e os detritos de seu caro se esplharam pela pista, além de danificar o Soft Wall, tipo de proteção que é colocada nas curvas em circuitos ovais. A direção de prova decidiu acionar a bandeira vermelha para limpar a pista e consertar a proteção.
Relargada feita faltand
o 7 voltas para o fim e o que se viu foi um troca intensa de posições entre o líder americano Ryan Hunter Reay, da Andretti, e o brasileiro Helio Castroneves, da Penske. Ambos já vinham de várias disputas desde a 1º volta e sempre estiveram entre os líderes. Halinho sergurou bem o ímpeto do americano Marco Andretti, que fechou em 3º e seguia na briga pela liderança, ora ficando a frente, ora sendo superado por Reay. Porém o bote que o americano deu sobre Helinho na curva 3, já na direção da bandeira branca, sinalizando última volta, foi fatal. O brasileiro não conseguiu aproximação suficiente no vácuo do americano para fazer nova ultrapassagem e entrou na reta de chegada para dar um novo bote, onde com certeza conseguiria a ultrapassagem, não fosse já esta ser a última volta. Chegada com míseros 0,060 milésimos de segundo entre Ryan e Helio.
Desde 2006, quando Sam Hornish Jr (Penske) venceu a Indy 500, um americano não conseguia vencer a tradicional prova. Com a vitória, Hunter Reay é líder do campeonato com 274 pontos, sendo seguido pelo australiano Will Power (Penske) com 234, e o brasileiro Helinho com 220. Tony Kanaan não vem bem em seu ano de estreia na Ganassi e está apenas na 16º posição na tabela com 104.
Deixo aqui algumas observações. Americano Kurt Busch fez sua estria na Indy 500 pela equipe Andretti. Ele é piloto da NASCAR Sprint Cup e vai fazer o Double Duty: correr a Indy 500 e logo depois já correr de novo na NASCAR a Charlotte 600. Nesta prova, ele terminou como melhor Rookie (estreante) em 6º.
Próxima etapa será nas ruas da cidade de Detroit, em Belle Isle, em rodada dupla, com provas nos dias 31 de Maio e 1 de Junho.
