David Tennant rouba a cena em “A hora do Espanto”

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Não é sempre que um remake consegue ser melhor que o original, dosando terror e  um humor fino da maneira certa. Com direção de Craig Gillespie e roteiro de Marti Noxon, “A Hora do Espanto” ,em sua versão 2011, consegue ambas as coisas.

O filme conta a história de Charley Brewster (Anton Yelchin), um adolescente comum e pacato, que mora em uma cidade pequena próxima à Terra do Cassino, Las Vegas. Ele tem uma bela namorada, Amy (Imogen Poots) e começa a desprezar seu melhor amigo Ed (o sempre bem em papéis de nerd, Christopher Mintz-Plasse).

 

As coisas ficam complicadas quando se muda para a casa ao lado o estranho Jerry (Colin Farrel), mas fica claro que há algo estranho no ar. Ed e Charley começam a investigar o desaparecimento de seu amigo em comum Adam, e Ed tem certeza que há uma ligação entre este fato e vampiros que estão por perto. Fica a dica: Vampiros só podem entrar em sua casa se forem convidados. Se não forem, eles viram terroristas e podem explodir seu lar.

 

Para piorar as coisas, o nerd é pego pelo vampiro Jerry ao voltar um dia para casa e Charley constata que de fato seu vizinho é um monstro sugador de sangue, que aprisiona suas vítimas para “jantá-las” depois. O protagonista descobre na internet um ilusionista chamado Peter Vincent (David Tennant), que possui um programa de TV no melhor estilo Chris Angel e se vangloria de saber tudo a respeito de vampiros e do sobrenatural.

 

 

Agora é o momento de falarmos da atuação do escocês Tennant. Seu modo de atuar espontâneo, cheio de carisma e com um humor no tempo certo caiu de maneira perfeita ao papel. David é considerado um dos melhores intérpretes do excelente seriado britânico de ficção Doctor Who, série na qual ele esteve de 2005 a 2007. Como Vincent, ele emprega ironia, dramaticidade e um quê de “escapismo”, trazendo boas lembranças aos fãs de Dr. Who.

As melhores cenas envolvem o ator, como quando ele sai caçando vampiros-zumbis que saem do chão na casa de Jerry.  Outro momento genial é quando Ed (que dá o toque de humor à película), agora vampiro, tenta pegar Charley e sua namorada, só que sem um dos braços. A mãe do protagonista, Judy (Toni Collette), tem mais espaço que no filme original, apesar de ficar meio esquecida no final.

O remake é bastante sangrento e emocionante, com os efeitos 3D complementando melhor ainda a trama. As faíscas que saltam da tela quando vampiros explodem são bastante realistas, assim como os banhos de sangue que o espectador acaba tomando.

Curiosamente, a atuação de Anton Yelchin como protagonista não convence. Ele nem parece um adolescente (apesar de ter nascido em 1989), assemelhando-se mais a um ator de peça ruim de escola. A atuação da bela Imogen Poots também é fraca, mas felizmente temos o triumvirato Tennant-Christopher-Collin para salvar o filme.

A releitura de Gillespie cumpre bem sua proposta, é agradável de assistir e ensina como se faz um filme de vampiro, jogando porcarias para adolescentes emotivas como “Crepúsculo” no lixo.

Nota: 9,0

Trailer:

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