Há um ano, a Emef (Escola Municipal de Ensino Fundamental) Conceição Magalhães, no Jardim Paraíso, oferece aos alunos uma grade especial que vai além da sala de aula. É o projeto EducaMais Espaço Jardim Paraíso – Atividades de Contra-Turno e Período Integral, que visa melhorar o rendimento escolar a partir de atividades extracurriculares como aulas de reforço, judô, futsal, coral e modelagem.
Esta experiência de Jacareí foi selecionada pela Undine-SP (União dos Dirigentes Municipais de Educação) e será apresentada no próximo dia 20 no 2º Encontro Temático do Programa Município que Educa, em Garça (interior Paulista). O evento tem a parceria do Instituto Paulo Freire.
Além de Jacareí, mais 39 projetos de municípios paulistas foram selecionados, entre 326 inscritos, e participam do encontro que tem como proposta a troca de experiências entre dirigentes de Educação. “Não há premiação, a recompensa é a troca de experiências e a oportunidade de representar a cidade com um projeto que contribui com a qualidade do ensino e também aprender com as experiências de outros municípios”, diz a supervisora de Esportes e Recreação da Secretaria Municipal de Educação, Myriam Ramos Gonçalves, que participa do Encontro com a diretora Técnico Pedagógica da Secretaria Municipal de Educação, Fernanda Fortes.
Projeto tem participação livre mas conta com adesão da maioria dos alunos
De acordo com a diretora da Emef Conceição Magalhães, Débora Martins Bagattini, o projeto EducaMais Espaço Jardim Paraíso – Atividades de Contra-Turno e Período Integral tem mostrado resultados positivos que são atestados pelos próprios professores. “Desde que o projeto começou, houve melhora significativa no processo de alfabetização e na leitura, de acordo com a avaliação dos professores”, diz a diretora Débora.
A Emef Conceição Magalhães atende 700 alunos do 1º ao 5º ano do ensino fundamental, no bairro Jardim Paraíso. Desse total, 400 participam da parte do projeto denominada Contra-Turno – as atividades são realizadas em período contrário ao das aulas convencionais, e os alunos não são obrigados a realizá-las.
Segundo a supervisora Myriam Ramos, as aulas são opcionais, porém as vagas são garantidas para todos os alunos, ficando a participação livre conforme o interesse do aluno e da família. “A proposta da Secretaria Municipal de Educação é que esses alunos tenham uma alternativa saudável no período que estão fora da sala de aula”, explica a supervisora. “Por isso o projeto inclui atividades que envolvem a parte pedagógica, que são as aulas de reforço, mas também as esportivas, recreativas e artísticas, proporcionando assim aprendizagem, sociabilidade e diversão”, completa.
Já a parte do projeto denominada “Período Integral” contempla 80 crianças que, segundo avaliação da Secretaria de Assistência Social, encontram-se em risco de vulnerabilidade social e econômica. No “Período Integral”, as crianças passam o dia todo na escola, onde o conteúdo ensinado em sala de aula é complementado com uma grade de atividades socioeducativas. Além do reforço escolar, o programa abrange taekwondo, capoeira, teatro, música, leitura e recreação. A alimentação também é garantida com o café da manhã, almoço e lanche à tarde.
“No Período Integral a participação deixa de ser livre. Nesse caso, a frequência é necessária, uma vez que esses alunos foram encaminhados para o Período Integral porque os pais ou responsáveis trabalham fora e eles não têm com quem ficar em casa”, afirma diretora da Emef.