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É impossível que objetos reais interajam com objetos virtuais, ou vice-versa, certo? Errado! Dê as boas vindas a uma tecnologia que já começou a revolucionar a maneira como o ser humano interage com as máquinas (e as máquinas com o ser humano): a Realidade Aumentada, ou (RA). Não se preocupe: ainda estamos longe de acontecimentos como os ilustrados em filmes como Matrix e Exterminador do Futuro, se é que eles serão possíveis algum dia. No momento, as máquinas estão ganhando mais “personalidade”, mas isso só significa que elas estão cada vez mais cordiais e responsivas às ações humanas.
A nova moda na publicidade é fazer uso desta realidade aumentada, que resumindo é misturar elementos do mundo “de verdade” com o virtual, tudo processado em tempo real.
Ou sendo ainda mais prático: é aquele papelzinho com um símbolo estranho que você imprime, coloca em frente a webcam/celular e vê um objeto aparecer na tela.
A Realidade Aumentada é definida usualmente como a sobreposição de objetos virtuais tridimensionais, gerados por computador, com um ambiente real, por meio de algum dispositivo tecnológico. Entretanto, esta conceituação é muito geral e só fica clara com sua inserção em um contexto mais amplo: o da Realidade Misturada.
A Realidade Misturada, misturando o real com o virtual, abrange duas possibilidades: a Realidade Aumentada, cujo ambiente predominante é o mundo real, e a Virtualidade Aumentada, cujo ambiente predominante é o mundo virtual. Pode-se dizer, então, que a Realidade Aumentada é uma particularização da Realidade Misturada. A Figura 1 apresenta o diagrama adaptado de realidade/virtualidade contínua, mostrando as possibilidades gradativas de sobreposição do real com o virtual e vice-versa.
Na verdade a realidade aumentada é um brinquedo legal mas ainda não disse a que veio. É MUITO complicado deduzir geometrias bidimensionais quando você só tem um “olho”. Uma paisagem e uma foto de uma paisagem para uma câmera são a mesma coisa. Daí a dificuldade de mapear gráficos sobre objetos reais complexos.
Resumidamente, a Realidade Aumentada teve sua origem em algo muito simples: etiquetas. Os códigos de barras não estavam mais cumprindo com perfeição a tarefa de carregar todas as informações que se queria obter através de sua leitura. Por isso, foram criados os códigos 2D (duas dimensões), que permitiam o armazenamento de muito mais informação do que os códigos de barras. O que isso tem a ver com a Realidade Aumentada? Tudo!
Hoje, uma das formas mais comuns de interagir com a realidade aumentada são os símbolos gráficos (chamados de marcadores fiduciais), geralmente impressos em páginas ou embalagens, entretanto os primeiros símbolos usados com esta função foi os tais códigos 2D. Esses ícones são captados pela câmera e identificados por processos de reconhecimento de imagem, similares aos usados para ler os códigos de barras 2D. Os programas de RA analisam a deformação da imagem provocada pela visão em perspectiva, para que os elementos virtuais fiquem distribuídos apropriadamente no espaço 3D.
Existem vários tipos de RA, eles são classificados de acordo com o tipo de display utilizado. Explicaremos alguns a seguir e ao final de cada explicação você terá acesso aos vídeos referentes à cada tipo de RA.
1- Sistema de visão ótica direta: Neste sistema utiliza-se algum tipo de óculos ou capacete que possibilita o recebimento direto da imagem real ao mesmo tempo que possibilita o recebimento da imagem virtual que deverá estar ajustada ao real.
2- Sistema de visão direta por vídeo: Neste caso, temos um capacete com micro câmeras acopladas, as quais mostram os objetos reais que são misturados com os objetos virtuais. Objetos esses que são apresentados ao usuário por pequenos monitores montados no capacete.
3- Sistema de visão por vídeo baseado em monitor: Este sistema é um dos mais utilizados. Nele utiliza-se uma webcam para capturar a cena real. Depois disso, as imagens captadas pela câmera são misturadas com os objetos virtuais apresentados no monitor.
4- Sistema de visão ótica por projeção: Este sistema também é muito utilizado, nele é necessário utilizar superfícies do ambiente real, onde são projetadas imagens dos objetos virtuais. Essas imagens podem ser vistas pelo usuário sem nenhum equipamento.
A Realidade Aumentada não tem limite de aplicações. Ela pode ser usada no entretenimento, para criação de jogos muito mais interativos do que os já existentes; melhoria de processos da medicina, como cirurgias remotas, nas quais o médico pode estar a quilômetros de distância do paciente; indústria automobilística, facilitando a manutenção do carro pelo próprio dono, através de manuais de instrução interativos; além de milhares de outras alternativas que provavelmente ainda veremos serem criadas.
Como a Realidade Aumentada ainda está chegando ao mercado, você ainda poderá encontrar muitas ideias em processo de desenvolvimento e certamente muitas novidades ainda aparecerão. Mas e se você pudesse criar sua própria aplicação para a tecnologia? Qual seria a sua criação? Como você gostaria que ela fosse usada e que tipo de objeto apareceria para o usuário? Os comentários estão abertos. Solte a sua imaginação!
E para que quiser ver um belo vídeo de exemplo de Realidade Aumentada, pode conferir aqui:
Argentinos criam tatuagens com RA.:
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