Após o tomate se tornar o vilão da inflação com o preço nas alturas, agora é a vez da cebola. Enquanto outros alimentos tiveram aumento em média de 0,47%, o preço da cebola aumentou 21,43%, segundo o IBGE (Índice Brasileiro de Geografia e Estatística). Outros produtos também tiveram altas significativas, entres eles, a cenoura 14,96%, o repolho, 15,74% e o feijão carioca, 9,08%. Com relação as frutas, a manga obteve o maior índice de inflação, subiu 30,2%.
No cálculo da inflação em 12 meses, o tomate ainda ganha da cebola, com 122,13% contra 76,43%. Porém o tomate não obteve o maior índice, este ficou com a farinha de mandioca, que subiu 151,39%, segundo o IBGE.
Com essa alta, a cebola passou a ser cobiçada assim como aconteceu com o tomate. Ocorreu contrabando na tríplice fronteira do Brasil com o Paraguai e a Argentina. Ontem (11) foram apreendidas 3.500 toneladas do produto na ponte da Amizade, em Foz do Iguaçu (PR) por fiscais da Receita Federal e do Ministério da Agricultura.
Os alimentos contrabandeados da Argentina entram no país em vans e em carros pequenos, para depois serem revendidos em restaurantes e mercados de Foz do Iguaçu e região. “É uma coisa inédita”, diz o chefe do ministério na cidade, Antonio Garcez, sobre os tomates. “O Brasil é produtor. Normalmente, a gente exportava para a Argentina, o ano todo. Agora inverteu.”