Uma imagem sacra, simples em forma e cores, com feições alegres. Não tão comum em igrejas, mas sempre presente em pequenas capelas e oratórios. São as “Paulistinhas”, tema da palestra “Paulistinhas: Arte Religiosa e Popular no Vale do Paraíba no Século XIX”, no dia 18 de agosto, às 20h, no MAV (Museu de Antropologia do Vale do Paraíba), em Jacareí.
As “Paulistinhas” tiveram origem no século XVII para atender a demanda do comércio de imagens e eram comuns nos cultos domésticos. Feitas em argila branca cinzenta, queimados em forno à lenha, possuíam características muito próprias, tais como quantidade reduzida de cores (branco, azul, vermelho, preto e verde azulado), além da ausência de assinaturas dos santeiros.
O mestre em Cultura Popular Brasileira, Magela Borbagatto, que ministrará a palestra, conta que sua relação com os artefatos é antiga. “Desde criança me acostumei a vê-las em oratórios das casas das pessoas da minha cidade, nas capelas de roça e nas Santas Cruzes de estradas, no Cruzeiro da cidade. Mas não fazia ideia de sua importância”, afirma.
Borbagatto, que viveu muito tempo no Vale do Paraíba, na cidade de Santa Branca, estudou as “Paulistinhas” durante 30 anos e desenvolve seu trabalho voltado para as figuras populares de barro e para a pintura primitivista. “Essa arte representa a história da região, nada mais justo do que resgatar a religiosidade e fé das pessoas comuns”, ressalta.
Além da palestra, haverá dois workshops, nos dias 22 e 29 de agosto, acontecerão os workshops “Paulistinhas: Fazer e Estilo”, também no MAV. As vagas são limitadas.
Serviço:
Palestra: Paulistinhas: Arte Religiosa e Popular no Vale Do Paraíba no século XIX
Local: Museu De Antropologia Do Vale Do Paraíba – Jacareí – Sp
Data: 18 de agosto de 2014
Horário: 20h
Workshop: Paulistinhas: Fazer e Estilo
Data: 22 e 29 de agosto
Horário: 13h às 17h