
Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgados nesta quinta-feira (14) indicam que as vendas do comércio varejista brasileiro recuaram 0,9% em março, na comparação com fevereiro.
Essa é a maior queda para o mês de março desde 2003, quando houve retração de 2,4%. Segundo a Pesquisa Mensal de Comércio, que permite acompanhar o comportamento conjuntural do comércio varejista nacional, no terceiro mês do ano, sete das dez atividades investigadas registraram resultados negativos para o volume de vendas, na relação com o mês anterior na série com ajuste sazonal.
Dentre as taxas negativas, estão as de tecidos, vestuário e calçados;, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo; móveis e eletrodomésticos; e veículos, partes e peças.
Por outro lado, cresceram as vendas de combustíveis e lubrificantes; artigos de uso pessoal e doméstico; e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos.
De acordo com a gerente de serviços e comércio do IBGE, Juliana Vasconcellos, o resultado de março reflete “o orçamento das famílias comprometido e o peso do hiper e supermercado, que é muito grande”.
O economista Emílio Alfieri observa que a prioridade do consumidor neste momento é quitar dívidas em atraso em detrimento de ir às compras. Dados obtidos pela Associação Comercial indicam que o volume de dívidas renegociadas cresceu 8% na primeira quinzena deste mês na comparação anual. Também o registro de novos inadimplentes caiu 4,4% em igual período.
*Por Mirela Rodrigues