Rotina, a gente sempre se acostuma

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rotinaNós, humanos, estamos sempre em busca de segurança. Isso é fato. Precisamos de segurança, ela nos traz a sensação de conforto e de bem estar. “Saber-se seguro é parte indispensável para se alcançar a felicidade” – esta não é uma frase de algum famoso autor ou estudioso, mas bem que poderia ser!

E para sanar esta necessidade constante de segurança, vamos buscando alternativas. Vamos achando meios para nos sentirmos mais seguros e consequentemente confortáveis, aqui ou ali… momentos de segurança que nos dão o deleite de relaxar por um tempo.

Esta segurança aparece com mais frequência nas nossas atividades de rotina… ah! A rotina. Tão mal dita, mas tão maravilhosa! A rotina é onde essa segurança e esse conforto surgem com mais ênfase. Ao criarmos uma rotina, sabemos exatamente o que fazer, como fazer, quando fazer… podemos quase que “prever o futuro”…

Não ter de se preocupar com o novo, não ter de tomar decisão, não ter de desvendar um mistério, não ter de encontrar uma saída… Porque já está tudo pronto. Ah! Isso é fabuloso, não é mesmo?! Sem contar que é necessário! Já pensou todos os dias ao sair para trabalhar, termos de descobrir onde fica a empresa, como fazemos para chegar lá, quanto tempo vamos gastar… nossa… que trabalhão!!

Tudo isso que vira rotina, passa para um nível de inconsciência competente na nossa cabeça, que significa, não precisarmos pensar para fazer, já sabemos resolver aquilo, sem necessariamente gastar energia e concentração na atividade. É o que costumam chamar de piloto automático.

O único inconveniente dessa mordomia toda, que nos permitimos quando entramos numa rotina é que, ela não gera nada de novo e não aprendemos nada de novo. Isto acontece porque não estamos focados no que estamos fazendo, nossa concentração não está despertada para a ação, não “pensamos”… logo, nestes momentos de rotina “não existimos”… enquanto consciência.

Esse pequeno detalhe pode se tornar um problema, quando percebemos, que “sem perceber” passamos a fazer quase tudo no piloto automático. Quase toda a nossa vida vira uma grande rotina. E com isso perdemos a chance de aprender coisas novas, de descobrir os outros e a nós mesmos, de melhorar… de evoluir, pois, ficamos estagnados numa eterna rotina sem graça.

Criar uma rotina é importante, mas coisas fundamentais devem ficar de fora… devem ainda nos surpreender. Para tanto temos de despertar da inerte zona de conforto em que nos colocamos e saltar euforicamente para uma zona de esforço, de descoberta e de criatividade.

“Não há nada que seja maior evidência de insanidade do que fazer a mesma coisa todos os dias e esperar resultados diferentes” (esta sim… é uma frase famosa, dita por Albert Einsten – que, diga-se de passagem, sabia bem do que estava falando!). Desligar o piloto automático, tomar as rédeas da situação, pilotar o próprio destino é tão bacana.

Se nos afundamos no sofá da rotina… corremos o risco de tirar um cochilo de anos… sem que nada de novo aconteça em nossas vidas. O pior é que muitas vezes, o sofá nem é tão confortável assim, ou seja, a vida não está “tudo de bom”, mas mesmo assim, continuamos do mesmo jeito – porque a verdade tem de ser dita… a gente se acostuma até com o que é ruim.

Se está faltando iniciativa para dar o primeiro passo, acordar deste cochilo, do conforto e da segurança que achamos que temos e encarar a vida ao vivo e a cores… Muita calma nesta hora, é sempre assim… pode dar um pouco de medo, um friozinho na barriga. Mas, respiremos fundo e vamos lá!!! Provavelmente será incrível!!

Flávia de Oliveira

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